“Tudo Que Quero” é um longa protagonizado por uma personagem que tem autismo, Wendy (interpretada por Dakota Fanning), uma jovem que escreve histórias de fantasia no seu tempo livre e ama Star Trek. Quando ela descobre que há um concurso de roteiros sobre sua série preferida, começa a escrever uma obra de mais de 400 páginas com seus personagens favoritos (Kirk e Spock) e decide fazer de tudo para buscar seu sonho, até mesmo fugir de casa rumo a Los Angeles para conseguir participar do concurso. O filme, que tem o título original em inglês “Please, Stand By“, estreou nos cinemas no dia 26 de abril de 2018, mas — como é um filme independente — em poucas salas (eu assisti no Caixa Belas Artes, na Consolação, em SP).
Veja o trailer abaixo:
O filme tem um ritmo um pouco lento e, se você não sabe nada sobre Star Trek, vai perder várias referências — principalmente a sequência final quando um personagem (Patton Oswalt) interage com Wendy da forma mais nerd possível. Mas, a interpretação da jovem com autismo é muito boa (o que salva o filme!) e reflete a realidade de muitos autistas (lembrando que o espectro do autismo é enorme e você nunca verá um autista igual a outro!). O fato de ter dificuldade em olhar nos olhos, socialização e comunicação prejudicados e estar muito presa a rotinas, mostra exatamente como é o dia a dia de uma grande parcela das pessoas com autismo, principalmente adultos que conseguem autonomia suficiente para trabalhar.
Muito bom também ver uma personagem feminina com autismo, já que o padrão são homens autistas, com infinitos exemplos a citar. A classificação de “Tudo que Quero” no IMDB é 6.6 e, no Rotten Tomatoes, de apenas 58%. O diretor é o polonês Ben Lewin.
Leia mais sobre a atriz Dakota Fanning, no site Omelete. Veja também a crítica sobre o filme no site Poltrona Nerd.